Esta é a dieta que sigo atualmente, baseia-se na dieta Paleolítica é a forma mais saudável de se alimentar porque é a abordagem nutricional que funciona em conjunto com a nossa genética para nos ajudar a manter magros, fortes e cheios de energia! Pesquisas em Biologia, Bioquímica, Oftalmologia, Dermatologia e muitas outras disciplinas indicam que a nossa dieta moderna, rica em comidas refinadas, gorduras trans e açúcar, é a raiz de doenças degenerativas como a obesidade, o cancro, a diabetes, as doenças do coração, Parkinson, a doença de Alzheimer, a depressão e a infertilidade.
O principal benefício desta dieta está relacionado com a os primórdios da alimentação, na época pré-histórica. Ou seja, apenas nos alimentarmos com aquilo que o homem foi originalmente “programado” a comer, apenas alimentos naturais, e rigorosamente nada processado.
Para a maioria das pessoas, o fato de que a dieta Paleolítica oferece os melhores resultados é suficiente. A melhora dos lipídios no sangue, perda de peso e a redução de dor em doenças autoimunes é prova suficiente. Contudo, muitas pessoas não gostam de seguir recomendações cegamente, sejam elas relativas à nutrição ou a exercícios físicos. Algumas pessoas gostam de saber porque estão fazendo algo. Felizmente, a dieta Paleolítica aguentou não somente o teste do tempo, mas também os rigores da investigação científica.
Estudos efeturam uma comparação detalhada entre as dieta Paleolítica e Mediterrânea em diabéticos tipo 2, resistentes à insulina.Os resultados? O grupo que seguiu a dieta Paleolítica reverteu os sinais e sintomas de resistência à insulina, diabetes tipo 2. A dieta Mediterrânea mostrou pouca ou quase nenhuma melhora.
Sendo a a doença cardiovascular a causa número um de mortes nos Estados Unidos e em diversos outros países verificou-se que os homens do paleolítico e os caçadores-coletores estudados nos dias atuais praticamente não mostraram sinal de ataque cardíaco ou de derrame cerebral enquanto seguindo dietas ancestrais, o que nos ajuda a entender os benefícios de uma dieta Paleolítica para a saúde do coração.
Autoimunidade é um processo pelo qual nosso próprio sistema imunológico “nos ataca”. Normalmente, o sistema imunológico nos protege de infecções bacterianas, virais e parasitárias. O sistema imunológico identifica um invasor estrangeiro, ataca-o e, idealmente, combate a infecção. Uma boa analogia para autoimunidade é o caso da rejeição de tecidos depois de uma doação de órgãos. Se alguém precisa de um coração novo, pulmão, rim ou fígado devido a uma doença ou lesão, o órgão de um doador pode ser uma opção. O primeiro passo do processo é tentar encontrar um tecido “compatível”. Todos nós temos moléculas nos nossos tecidos que são usados pelo nosso sistema imunológico para distinguir nossos tecidos de outros. Se um órgão doado não é parecido o suficiente com o tipo de tecido do beneficiário, o sistema imunológico irá atacar e destruir o órgão. Em autoimunidade, um processo parecido ocorre quando o próprio tecido de um indivíduo é confundido com algo de fora e o sistema imunológico ataca esse tecido que não foi “reconhecido”. Formas comuns de autoimunidade incluem esclerose múltipla, artrite reumatoide, lúpus e vitiligo, só para citar uma pequena fração das doenças autoimunes. É possível que elementos de autoimunidade afetem condições aparentemente não relacionadas como esquizofrenia, infertilidade e várias formas de câncer.
Curiosamente, todas essas doenças aparentemente não relacionadas compartilham uma causa comum: dano ao revestimento intestinal que permite partículas grandes de alimentos não digeridas entrarem no corpo. Isso é conhecido como “intestino permeável e a resposta autoimune”.
Com a mecanização da agricultura e a revolução industrial, a ingestão de frutos, legumes, oleaginosas, carne e peixe, tudo o que é permitido na Dieta Paleo, foi secundarizada por uma alimentação mais pobre em fibra mas rica em açúcar, farinha e todos os seus derivados (como pão ou bolachas). É precisamente esta alimentação moderna processada, centrada no consumo de hidratos de carbono, que é apontada neste regime como a origem das muitas doenças da sociedade ocidental.
No proximo post irei completar com os alimentos permitidos e proibidos nesta dieta... vão adorar!
imagem de www.bolsademulher.com
Misture as sementes na água e deixe repousar uns minutos. Adicione o sumo de limão e o açúcar ou adoçante a seu gosto e leve a refrescar ou adicione um pouco de gelo.
imagem de www.vidadobem.com
Misture todos os ingredientes, sem amassar muito. Molde pequenos pãezinhos e coloque em forma untada e enfarinhada. Leve ao forno a 180º durante cerca de 25 minutos.
imagem de www.delicias1001.com.br
Massa
Massa
A chia é o nome popular da Salvia Hispanica, uma planta herbácea da família das lamiáceas, de origem das regiões da Guatemala, do México e da Colombia. A planta é mais conhecida por sua semente, que é vendida integralmente, moída ou em forma de óleo. A palavra chia deriva da palavra do nahuatl chian, que significa “oleoso”.
A semente de chia é uma semente com propriedades nutritivas especiais e foi muito consumida por civilizações antigas (como a Asteca no México), principalmente por quem precisava de força e resistência física. Ela é uma semente pequena de forma oval (cerca de 2 mm de comprimento) e de cores variadas (acastanhadas, cinzentas, pretas e brancas).
Foi descoberta há centena de anos, cuja composição nutricional e respectivos benefícios para a saúde, já são desde aquela época conhecidos. A semente da chia é considerada um alimento funcional dadas suas características compositivas (entre os principais componentes estão as fibras, cálcio, magnésio, potássio, proteína e ômega-3).
Seu efeito mucilaginoso (o de absorver e reter água) devido à alta concentração de fibras, torna a chia interessante para quem busca emagrecer, posto que pode intensificar a sensação de saciedade.
Os principais componentes da semente de Chia são:
Análise nutricional (100g):
A semente de chia, quando utilizada de maneira integral, pode ter diversos usos na cozinha. Ela é capaz de agir quase como emulsificante, torna líquidos mais próximos de um gel e dá “liga” a massas.
A chia tem o poder de absorver 12 vezes o próprio peso em água. Receitas que podem incluir a semente de chia são pudins, pães, tortas, quiches, mousses, cremes, patês, risotos, farofa, saladas de frutas, sucos e vitaminas.
Atualmente a chia é cultivada para fins comerciais principalmente no México, Bolívia, Colômbia, Peru e Argentina.
1 – Quais as principais razões para se consumir sementes de chia?
As sementes de chia são muito nutritivas. A chia tem mais ômega 3 do que qualquer outra fonte natural, possuem enormes quantidades de antioxidantes, cálcio, proteínas, fibras e muitas outras vitaminas e minerais. É um dos alimentos funcionais conhecido mais saudáveis e completos.
Proporcionam muita energia. As sementes de chia são calóricas e fornecem resistência e durabilidade. As fibras presentes na semente de chia são do tipo solúveis, que “incham” o estômago, causando sensação de saciedade e retardando a sensação de fome. Equilibram o açúcar no sangue, garantindo energia ao longo do dia. Uma única colher poderia sustentar guerreiros astecas por várias horas.
Reduzem a ansiedade. Como as sementes de chia absorvem tanta água (cerca de 12x seu próprio volume) e têm fibras altamente solúveis, eles ajudam na digestão de carboidratos e, consequentemente, na liberação de energia lentamente na corrente sanguínea.
As sementes de chia são digeríveis. Ao contrário de semente de linhaça, sementes de chia não precisam ser moída antes de serem ingeridas. O corpo humano pode facilmente digerir sementes chia.
São convenientes e versáteis. Você pode comer sementes de chia pura, misturá-las com a sua bebida favorita, adicioná-las ao seu cereal ou salada ou incrementa-las em diversas receitas. Sementes de chia têm longa validade e se pode estocá-las por anos.
2 – Como a semente de chia ajuda a emagrecer?
A semente de chia age em três frentes distintas que auxiliam no emagrecimento:
Causa saciedade. Suas sementes são mucilaginosas, ou seja, ricas em fibras. Ao entrarem em contato com a água, formam um “gel” no estômago. Diante dessa reação, a digestão torna-se mais lenta. Assim, o indivíduo fica satisfeito mais rapidamente e durante um período mais longo e, então, passa a consumir porções menores de alimentos.
Combate inflamação. A gordura acumulada é resultado de um processo inflamatório do organismo, que deixa de enviar mensagens de saciedade ao cérebro. Com isso, perde-se o controle sobre a fome a ponto de comer e nunca se sentir satisfeito. O ômega-3 presente no grão combate essa inflamação, ajudando o corpo a recuperar o controle sobre o apetite.
Desintoxica. A fibra regula o trânsito intestinal e limpa o organismo por meio das fezes. Essas fibras ainda retêm parte da gordura presente nos alimentos. E isso acaba saindo nas fezes em maior quantidade do que o habitual.
3 – De forma geral e resumida, quais os benefícios da semente de chia?
Reduz o colesterol e triglicérides; controla a glicemia; ajuda na formação óssea; prevenção do envelhecimento precoce; melhoria na imunidade do organismo; auxílio no funcionamento intestinal; elimina as gorduras e toxinas do corpo; fornecimento de energia; fortalecimento muscular; previne diabetes e doenças cardiovasculares; controla a pressão sanguínea.
4 – Há alguma contra-indicação ?
Qualquer pessoa pode ingerir a semente. Porém, devido ao alto teor calórico, o excesso pode levar ao ganho de peso. Cada colher de sopa cheia possui aproximadamente 75 calorias. Há também pessoas com a chamada “síndrome do intestino irritável”, devendo ficar atentas com o consumo de sementes em geral.
5 – Quantidade diária de consumo de sementes de chia ?
Não existe uma regra, mas nutricionistas calculam que entre duas a quatro colheres de sopa cheias de sementes diárias são suficientes e já trazem enormes benefícios à saúde.
No próximo post trarei receitas para confecionar as sementes de chia.
O que é?
A obesidade uma enfermidade caracterizada pela acumulação excessiva de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.
Como se desenvolve ou se adquire?
Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu património genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente socioeconómico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.
A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingestão alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingestão. O aumento da ingestão pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingestão calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.
O que se sente?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
Doenças |
Distúrbios |
· Hipertensão arterial |
· Distúrbios lipídicos |
· Doenças cardiovasculares |
· Hipercolesterolemia |
· Doenças cérebro-vasculares |
· Diminuição de HDL ("colesterol bom") |
· Diabetes Mellitus tipo II |
· Aumento da insulina |
· Câncer |
· Intolerância à glicose |
· Osteoartrite |
· Distúrbios menstruais/Infertilidade |
· Coledocolitíase |
· Apnéia do sono |
Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida.
Como o médico faz o diagnóstico?
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:
IMC ( kg/m2) |
Grau de Risco |
Tipo de obesidade |
18 a 24,9 |
Peso saudável |
Ausente |
25 a 29,9 |
Moderado |
Sobrepeso ( Pré-Obesidade ) |
30 a 34,9 |
Alto |
Obesidade Grau I |
35 a 39,9 |
Muito Alto |
Obesidade Grau II |
40 ou mais |
Extremo |
Obesidade Grau III ("Mórbida") |
Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela:
Altura (cm) |
Peso Inferior (kg) |
Peso Superior (kg) |
145 |
38 |
52 |
150 |
41 |
56 |
155 |
44 |
60 |
160 |
47 |
64 |
165 |
50 |
68 |
170 |
53 |
72 |
175 |
56 |
77 |
180 |
59 |
81 |
185 |
62 |
85 |
190 |
65 |
91 |
A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
|
Obesidade Difusa ou Generalizada |
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica) |
|
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes. |
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
Risco Aumentado |
Risco Muito Aumentado |
|
Homem |
94 cm |
102 cm |
Mulher |
80 cm |
88 cm |
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.
De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.
Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:
Obesidade por Distúrbio Nutricional |
|
Dietas ricas em gorduras |
|
Alimentação em restaurantes |
|
Obesidade por Inatividade Física |
|
Sedentarismo |
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Incapacidade obrigatória |
|
Idade avançada |
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Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas |
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Síndromas hipotalâmicas |
|
Síndroma de Cushing |
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Hipotireoidismo |
|
Ovários Policísticos |
|
Pseudohipaparatireoidismo |
|
Hipogonadismo |
|
Déficit de harmónio de crescimento |
|
Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina |
|
Obesidades Secundárias |
|
Sedentarismo |
|
Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona |
|
Cirurgia hipotalâmica |
|
Obesidades de Causa Genética |
|
Autossómica recessiva |
|
Ligada ao cromossoma X |
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Cromossômicas (Prader-Willi) |
|
Síndroma de Lawrence-Moon-Biedl |
Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina.
Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico) que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente.
A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.
A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.
Como se trata?
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
Reeducação Alimentar
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.
Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
Exercício
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:
a diminuição do apetite, |
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o aumento da ação da insulina, |
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a melhora do perfil de gorduras, |
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a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima. |
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.
Drogas
A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente.
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.
Como se previne?
Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.
Alimento
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CÁLCIO
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200 ml de Leite
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218 mg
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200 ml de Leite de Soja
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245 mg
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Tofu (60 grs)
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300 mg
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Queijo Curado (28 grs)
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192 mg
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Iogurte
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283 mg
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Sardinhas (60 grs)
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306 mg
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3 Fatias de Pão
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100 mg
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Feijão Cozido (115 grs)
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59 mg
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Couve Cozida (115 grs)
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41 mg
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Outros hábitos importantes para uma alimentação saudável durante a adolescência são:
● Beber pelo menos 8 copos de água por dia
● Comer sempre o pequeno-almoço – um bom pequeno-almoço fornece os nutrientes essenciais e ajuda a aumentar a concentração durante a manhã.
● Faça exercício em bases regulares, de modo a manter uma boa forma física, a saúde cardiovascular e o desenvolvimento dos ossos
● Seja moderado com bebidas alcoólicas – a experimentação faz parte do crescimento e da independência dos adolescentes. Se beber bebidas alcoólicas, tente não exagerar e manter o consumo moderado.